Areia Branca, nome que me fascinou logo de imediato pelas minhas raízes geográficas,
é um livro de poesia, publicado pela Minerva, de autoria de Margarida Pelágio, que neste momento é minha conterrânea e que amavelmente me ofereceu hoje um exemplar,
que já li de fio a pavio.
Além da dedicatória a mim dirigida, o livro vinha acompanhado por um separador, onde está inscrito um dos seus poemas. Pela dificuldade em escolher apenas um deles para aqui colocar (tarefa ingrata, dada a sua qualidade), dei preferência a este.
Não consigo
Não consigo
Sonhar com o tempo
Quando ele avança
No deserto, sem luz!
Nem tão pouco
Viver os escombros
Duma vida inútil
Com sonhos de louco
E olhos sem ver!
Não consigo
Ser mais do que sou....
- Um sorriso que morre
No tempo que voa.
E este meu ser
Assim como sou
É o que ainda há
- O que em mim ficou!...
Mas se um dia alguém
Em mim acordar
O que agora dorme,
Será a sonhar
Que então vivirei!...
Porque acordada.....
- Jamais poderei!.....
2 comentários:
Bonita selecção. Ainda hoje me lembro do dia que passei na Praia da Areia Branca, há dias que nunca se esquecem e aquele foi muito bem passado junto de amigos. Beijo grande :)
Olá Flávia
A praia da Areia Branca é a minha preferida, não sei se pelo mar, se pelas esplanadas, onde se pode estar e ler um livro calmamente a apanhar um sol que nos aquece a alma.
Obrigada miga, por me mostrares um dia o paraíso.
Beijinho
Franky
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