sexta-feira, junho 03, 2005

Areia Branca



Areia Branca, nome que me fascinou logo de imediato pelas minhas raízes geográficas,
é um livro de poesia, publicado pela Minerva, de autoria de Margarida Pelágio, que neste momento é minha conterrânea e que amavelmente me ofereceu hoje um exemplar,
que já li de fio a pavio.

Além da dedicatória a mim dirigida, o livro vinha acompanhado por um separador, onde está inscrito um dos seus poemas. Pela dificuldade em escolher apenas um deles para aqui colocar (tarefa ingrata, dada a sua qualidade), dei preferência a este.

Não consigo

Não consigo
Sonhar com o tempo
Quando ele avança
No deserto, sem luz!

Nem tão pouco
Viver os escombros
Duma vida inútil
Com sonhos de louco
E olhos sem ver!

Não consigo
Ser mais do que sou....
- Um sorriso que morre
No tempo que voa.

E este meu ser
Assim como sou
É o que ainda há
- O que em mim ficou!...

Mas se um dia alguém
Em mim acordar
O que agora dorme,
Será a sonhar
Que então vivirei!...

Porque acordada.....
- Jamais poderei!.....

2 comentários:

Anónimo disse...

Bonita selecção. Ainda hoje me lembro do dia que passei na Praia da Areia Branca, há dias que nunca se esquecem e aquele foi muito bem passado junto de amigos. Beijo grande :)

Arte em Movimento disse...

Olá Flávia

A praia da Areia Branca é a minha preferida, não sei se pelo mar, se pelas esplanadas, onde se pode estar e ler um livro calmamente a apanhar um sol que nos aquece a alma.

Obrigada miga, por me mostrares um dia o paraíso.

Beijinho
Franky